Cientistas descobriram recentemente uma das maiores moléculas conhecidas no espaço

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  1. Uma molécula enorme

Ao explorar a região dinâmica do espaço, a Nebulosa da Pata do Gato, os cientistas descobriram recentemente uma das maiores moléculas cósmicas conhecidas. Essa descoberta foi possível graças ao uso do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), uma rede de radiotelescópios localizada no deserto do Atacama, no Chile.

Uma molécula enorme

A equipe de pesquisa, liderada pelo astrônomo Zachary Fried, escolheu estudar uma região específica da Nebulosa da Pata do Gato, batizada de NGC 6334I, por vários motivos. Em primeiro lugar, esta nebulosa é uma região onde nascem muitas estrelas, tornando-se um local ideal para estudar os processos químicos que acompanham a formação estelar. Além disso, a NGC 6334I está relativamente próxima da Terra, facilitando observações detalhadas com instrumentos como o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA).

Ao escolher essa região da nebulosa, a equipe esperava encontrar moléculas complexas que pudessem fornecer informações valiosas sobre a química interestelar e as condições ambientais em regiões de formação estelar.

Estudar nebulosas como NGC 6334I permite aos cientistas entender melhor como os elementos químicos são criados e distribuídos no universo, bem como os processos que levam à formação de estrelas e planetas.

Além disso, a análise dos pesquisadores revelou a presença de uma molécula complexa até então desconhecida no espaço: o 2-metoxietanol. Ele contém treze átomos, tornando-se a maior e mais complexa molécula de "metoxi" já observada no espaço. Antes disso, apenas seis moléculas contendo mais de treze átomos haviam sido encontradas no espaço.

Note que o grupo metoxi consiste em um átomo de oxigênio ligado a um átomo de carbono, que por sua vez está ligado a três átomos de hidrogênio. Moléculas contendo um grupo metoxi são frequentemente usadas em química orgânica e são encontradas em muitos compostos orgânicos, incluindo solventes, drogas e perfumes.

Os exploradores não partiram às cegas. Eles já tinham uma ideia clara da molécula que estavam procurando quando receberam conselhos de modelos de aprendizado de máquina que sugeriam que eles procurassem 2-metoxietanol.

A equipe então analisou o espectro de rotação do 2-metoxietanol na Terra. Zachary Fried, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, explica que esse espectro pode ser comparado a impressões digitais ou códigos de barras para moléculas. Portanto, para descobrir novas moléculas no espaço, é necessário saber exatamente qual molécula estamos procurando, registrar seu espectro em um laboratório na Terra e, em seguida, procurá-la no espaço com telescópios.

Usando este método, os pesquisadores foram capazes de detectar 25 transições rotacionais diferentes na molécula de 2-metoxietanol, correspondendo às transições de energia na molécula observada na direção de NGC 6334I.

A detecção bem-sucedida permitiu que a equipe determinasse os parâmetros físicos da molécula em relação à NGC 6334I, como sua abundância e temperatura de excitação. Também abriu a possibilidade de estudar possíveis caminhos para a formação de substâncias químicas a partir de precursores interestelares conhecidos.

Essas descobertas permitirão aos cientistas entender melhor o surgimento de moléculas complexas durante a formação de estrelas, bem como o processo de formação de planetas ao seu redor.

Os detalhes do estudo foram publicados no The Astrophysical Journal Letters.

*Traduzido de site parceiro
Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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